quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Viajar com milhas: será que ainda compensa?

Claro que compensa, mas é preciso pensar em mais alguns detalhes.

Escolher o destino de férias para o mês de Dezembro foi um grande drama que serviu para umas reflexões sobre a acumulação e utilização das milhas. Eu sou completamente neurótica em acumular milhas. Sempre que é possível pago as compras com cartão de crédito, mesmo que seja um pãozinho, pra vocês terem ideia. Evitava restaurantes que só aceitava pagamento com a função débito. E troquei de banco quando ele mudou a pontuação dos resgastes de milhas.

Tudo isso porque, quando começamos nesse mundo de viagens, conseguimos viajar fazendo boas economias em relação aos gastos de passagens e também com o valor das próprias milhas. Já fomos para Los Roques, comprando passagens para Caracas por 6 mil milhas cada ticket, e Buenos Aires, por 3 mil milhas cada, essa em um mês de alta temporada, Dezembro de 2012. Percebemos as vantagens e a economia que a compra de passagens áreas com milhas trazia aos nossos bolsos. Adoramos utilizá-las, mas, segundo a nossa perspectiva, a cada dia que passa tem ficado mais difícil fazer isso, se você não tem uma grande flexibilidade nas suas datas de viagem.




Para a nossa viagem em Dezembro de 2013, queríamos muito conseguir fazer uso das nossas milhas por dois motivos. Primeiro, tínhamos um número alto de milhas a expirar. Segundo, esse ano realizamos o maior número de viagens, foram 6 destinos. Então, economizar nesse item era um dos lemas dessa viagem.

Nossa primeira ideia de destino era algum país da América do Sul, sou louca para conhecer o Peru e pensamos nesse destino. Entretanto,  Dezembro é época de chuva na região e como é uma viagem que espero que seja perfeita, decidimos não arriscar. Então, pensamos no Chile, mais especificamente na Patagônia Chilena, mas achamos que seria melhor aproveitada no inverno. Foi aí que o Deserto do Atacama se tornou nosso objeto de desejo.

Só que teríamos que ter, no minimo, 60 mil milhas. Fiz as contas e vi que conseguiríamos esse quantitativo com 3 meses de antecedência. Tudo, mentalmente, planejado esperei a data para fazer as transferências e tudo sair perfeito. Só que não saiu. Quando o dia chegou eu percebi que tinha entendido errado as mudanças feitas na forma de resgate dos cartões que eu tinha. Se quiséssemos ir ao Chile teria que esperar mais um mês, ficamos receosos de não dar certo de novo e resolvemos escolher outro destino.

Resolvemos, então, ir para o Nordeste. Como tínhamos 20 dias de férias, pensamos em fazer dois lugares do Nordeste, quer dizer, a ideia foi da Aline. E eu adorei. Fiquei muito tempo montando roteiro para conseguirmos fazer Porto de Galinhas e Natal. Entrei em contato com agências, olhei passeios e tudo mais. Foi ai que fiz o balanço do valor que gastaríamos e saiu bastante alto. Nesse momento, vimos que gastaríamos o mesmo que indo para o Deserto do Atacama, que precisa de mais um voo e as hospedagens são caras por ser no Deserto.

Ficamos umas três semanas no dramalhão mexicano decidindo o que faríamos. E vimos que não podíamos gastar tanto. Além do que pensamos também que apesar das praias do Nordeste serem lindas e nós adorarmos praia, vinte dias de praia seria muito. Resolvemos, então, escolher um único destino. Queríamos muito ir a Porto de Galinhas, mas se fossemos comprar as passagens áreas o valor era bastante razoável, mesmo em dezembro, já pra Natal a passagem é bem mais cara. Então, pensando na melhor utilização das nossas milhas escolhemos Natal, que conseguimos por 10 mil milhas cada em horários bons, sem termos que madrugar nem chegar muito tarde em lugar algum.

Por que eu contei esse dramalhão todo!? Só pra dizer que eu já não estou tão encantada com os programas de milhagens. Pesquisando as passagens para Chile, percebi que elas não são tão caras e se nos comprássemos, em dinheiro, poderíamos escolher horários bem melhores que os oferecidos para quem compra com milhas. Em dinheiro, o voo seria direto do Rio, enquanto com milhas, teríamos umas 4 horas de conexão em São Paulo.

Bom, isso não quer dizer que vou desistir das milhas. Vou continuar preferindo acumulá-las, pois, às vezes, rolam umas promoções boas como as que mencionamos lá em cima. Mas, agora, elas tem que ter esse fim, em boas promoções, porque em situações normais não é mais tão interessante para nós. Esse ano mesmo, 2014, a Smiles fez uma promoção de 4 mil milhas pra voos internacionais e 3 mil milhas pra voos nacionais.

E vocês como lidam com suas milhas?

Planejamento para a viagem de Dezembro de 2013.

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