terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Santa Rita de Jacutinga: Cachoeira do Meirelles e Boqueirão

Em nosso primeiro dia em Santa Rita de Jacutinga, fomos até o centro de informações turísticas. Lá encontramos o Glayson que conversou com a gente sobre os principais passeios a serem feitos na cidade, considerando que teríamos uns três dias e meio livres e o restante passaríamos com a família do Bruno.

Em nossa conversa, descobrimos que Santa Rita de Jacutinga é conhecida como a cidade das Cachoeiras porque nela se encontram, oficialmente, mapeadas aproximadamente 70 cachoeiras. Então, atividade e lugares para conhecer é o que não faltam, não é mesmo?! Depois dessa conversa, resolvemos pegar o carro e ir para o nosso primeiro destino.

Cachoeira do Meirelles e Boqueirão

Para começar essa atividade, nós tínhamos duas opções: contratar um guia que saísse com a gente desde Santa Rita ou ir até Cruzeiro, um dos três distritos de Santa Rita de Jacutinga, e fechar com uma pessoa por lá, o que sairia bem mais barato. Lembrando que segundo o Glayson de Santa Rita até o boqueirão são uns 18 km. Eu, realmente, pensei em fechar com o guia saindo desde Santa Rita, mas o Bruno preferiu a segunda opção, algo que foi muito mais indicado pelo Glayson também.



Saímos do centro de informações turísticas, seguindo de carro para Cruzeiro, com o nome de uma pessoa que nos levaria de Cruzeiro até as cachoeiras. Depois de andar muito de carro, achar que estávamos no caminho errado porque as placas de sinalização eram bastante esporádicas encontramos o local e a pessoa indicada: João da Mata.

Logo na entrada da cidade, fomos informados que não poderíamos cruzar a ponte que dava acesso a Cruzeiro de carro, pois devido as chuvas ela tinha sido danificada, mas a prefeitura já tinha comprado as novas vigas para arrumá-las e logo o problema estaria resolvido. Por esse motivo, deixamos o carro ao lado da ponte e atravessamos andando.



O Sr. João da Mata só faz o trabalho de guia até as cachoeiras durante os fins de semana, pois durante a semana, ele trabalha para a prefeitura. Por isso, ele pediu para que um conhecido dele nos levasse até a cachoeira. Como nós chegamos em Cruzeiro, por volta, do meio dia, o rapaz pediu para irmos caminhando que ele encontraria com a gente mais a frente. É importante informar que o Sr. da Mata e a pessoa que nos auxiliou no caminho não são guias oficiais. Acredito que sejam moradores da região e fazem esse trabalho apenas como um extra.

Nós seguimos o caminho indicado, até o momento em que nos deparamos com uma porteira de vacas. Não conseguimos fazê-las se moverem para que pudéssemos passar e ficamos ali, parados, até o rapaz chegar. Para ele que está acostumado, tudo foi tão simples. Rapidamente, ele fez com que as vacas se mexessem e passamos tranquilamente por elas.



Logo depois do local onde as vacas se encontravam, chegamos a Cachoeira do Meirelles. Esta cachoeira é composta por várias quedas d’água formada pelas pedras e acaba em uma refrescante piscina natural com um poço para banho. Nós paramos primeiro nela e batemos foto. Não tivemos animo para enfrentar a água gelada, pois o dia não estava dos mais bonitos. Depois desses minutos de contemplação, seguimos para a trilha a caminho do Boqueirão da Mira, que são mais 2 km de caminhada.




A caminhada até o Boqueirão da Mira não foi muito fácil, mas não é impossível. Grande parte do caminho é em campo aberto. Tanto na ida como na volta nós fomos surpreendidos por um grande número de bois. O rapaz pediu para ficarmos atentos pois esse gado era um pouco mais selvagem. Já na parte mais próxima da cachoeira, a mata era mais fechada e em alguns momentos mais íngremes o que pedia um pouco mais de atenção ao andar para não escorregar. Mas, com certeza, esses pequenos momentos de aventura, valeram a pena ao chegarmos lá.



O Boqueirão da Mira é “o maior cânion de Minas Gerais” e se encontra em uma Unidade de Conservação Ambiental (APA – Área de Preservação Ambiental). O Cânion do Boqueirão é formado por duas altas pedras paralelas, com aproximadamente 50 metros de altura, por suas fendas correm as águas do Rio Pirapetinga. Após seu deslocamento pela fenda, a água forma uma piscina natural e uma cachoeira ao lado. Os visitantes podem entrar nadando pela fenda, mas segundo o rapaz nos informou o local é fundo e nem um pouco claro.




Conversando com pessoas da região, elas nos informaram que, quando a ponte estava boa, era possível seguir de carro até próximo a entrada da Cachoeira do Meirelles. Então, acreditamos que logo será possível andar menos ainda para chegar até essas cachoeiras. Para nós, parece que o melhor lugar para deixar o carro seja próximo ao local onde encontramos as vacas com a porteira fechada.

Por último, queria fazer uma consideração sobre o guia. Se tivéssemos fechado no centro de informações turísticas em Santa Rita o valor seria de R$ 40,00 por pessoa, indo no nosso carro e com a nossa gasolina. Com o rapaz que fez o serviço de guia, saindo do Cruzeiro nos pediu R$20,00 os dois. Por um momento, eu achei se tivéssemos feito com um guia credenciado, poderíamos ter recebido informações únicas da região, mas depois de fazermos a trilha do Pacau, percebemos que não é bem assim. Por isso, a diferença de preço valeu bastante a pena. 

É importante dizer que é sempre bom fazer este tipo de atividade com um guia credenciado. Apesar dessa não ter sido essa a indicação que recebemos no Centro de Informações Turísticas da cidade.

Dados:
Guia: R$ 20,00

Viagem realizada em Dezembro de 2013.

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